A presença dos celulares para uso pessoal se tornou indispensável na vida dos brasileiros.
De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 155,2 milhões de brasileiros com 10 anos ou mais possuíam um celular em 2021.
Esse número representa um aumento significativo em comparação a 2019, refletindo a crescente importância da tecnologia móvel na sociedade atual.
Neste artigo, vamos analisar os dados fornecidos pela pesquisa e analisar o impacto dos celulares para uso pessoal na vida dos brasileiros.
Discrepâncias regionais e situação do domicílio:
A pesquisa revelou que há uma “grande discrepância” na posse de telefones celulares conforme a situação do domicílio, enquanto 87,1% das pessoas que viviam em áreas urbanas possuíam um celular para uso pessoal, esse percentual era de 67,6% entre moradores de áreas rurais.
Essa diferença pode ser atribuída a diversos fatores, como infraestrutura de telecomunicações menos desenvolvida em áreas rurais e desigualdade socioeconômica.
Essa disparidade ressalta a necessidade de políticas públicas voltadas para a inclusão digital em regiões menos favorecidas.
Variações regionais:
Os números também revelaram variações regionais significativas na posse de telefones móveis para uso pessoal.
As regiões Norte e Nordeste apresentaram os menores percentuais, com 75,4% e 77,5% da população respectivamente, por outro lado, as demais regiões registraram percentuais que variavam de 88,1% a 89,6%.
Essas discrepâncias regionais podem ser atribuídas a fatores como diferenças socioeconômicas, infraestrutura de telecomunicações e acesso a serviços.
Diferenças de gênero e faixas etárias:
A pesquisa mostrou que, em relação ao sexo, 85,8% das mulheres e 83% dos homens possuíam um telefone móvel para uso pessoal, já em relação às faixas etárias, a menor posse de celulares ocorria entre os indivíduos com idades entre 10 e 13 anos, com um percentual de 51,4%.
No entanto, esse grupo apresentou o maior crescimento em comparação aos últimos dois anos, com um aumento de 4,7 pontos percentuais.
Por outro lado, a maior presença de celulares ocorria nos grupos com idades entre 25 e 39 anos, com 93% de posse, esse percentual declinava gradualmente nas faixas etárias seguintes, chegando a 87,9% para adultos de meia-idade (50 a 59 anos) e acentuando a queda para 71,2% entre os idosos com 60 anos ou mais.
Acesso à internet por meio dos celulares:
Além da posse de celulares, a pesquisa também analisou o acesso à internet por meio desses aparelhos, entre 2019 e 2021, houve um aumento significativo nesse indicador, passando de 91,7% para 94,8% da população com 10 anos ou mais.
Na área rural, o percentual avançou de 80,7% para 89,1%, porém ainda permaneceu abaixo das regiões urbanas, onde o acesso à internet por meio dos celulares aumentou de 93% para 95,5%.
Esses dados evidenciam a importância dos celulares como um recurso de comunicação e obtenção de informações, especialmente para aqueles que não têm acesso fácil a outras formas de conectividade.
Para finalizar podemos concluir que os celulares para uso pessoal se tornaram um elemento essencial na vida dos brasileiros, abrangendo a maioria da população com 10 anos ou mais.
Essa tendência reflete o avanço da tecnologia móvel e sua crescente integração ao cotidiano das pessoas, no entanto, é importante ressaltar que ainda existem desafios a serem enfrentados, como a redução das disparidades regionais e a garantia de acesso à internet para todos.
A análise dos dados da Pnad Contínua oferece insights valiosos sobre o impacto dos celulares na sociedade brasileira, podemos afirmar com a mais absoluta certeza que o cenário móvel continuará evoluindo e moldando a forma como nos comunicamos e nos conectamos, exigindo adaptação contínua e investimentos adequados para atender às necessidades da população.
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